COMPARECER

Acesse direto pelo link ou registre-se para obter mais informações.

Sobre

SOBRE O EVENTO

A série <<diálogos em teoria e crítica da arquitetura>> retoma no ano de 2022 para seu 4º encontro dedicado ao tema <<escritas, imagens, espaços>>. Em paralelo direto com as discussões que o Laboratório de Narrativas em Arquitetura vem debatendo ao longo dos anos, o evento procura aproximar autores e pesquisas que percorrem o mundo das montagens, coleções, atlas, jogos, sistemas de pensamento e métodos de análise que potencializam as reflexões sobre a prática e a teoria da arquitetura. A pergunta como escrever sobre arquitetura? não é indiferente ao imaginar, ao produzir imagens, assim como construir não está à parte dos entendimentos possíveis sobre espaços muito além do campo estrito da disciplina. Escritas, imagens e espaços.... seriam eles as mesmas coisas?

PALESTRANTES

ANA LUIZA NOBRE | PPGArq/PUC-Rio

Ana Luiza Nobre, arquiteta e historiadora, é professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-graduação em Arquitetura da PUC-Rio. Pesquisadora CNPq e Faperj. Dedica-se atualmente a estudar as relações entre a arquitetura e o chão e desenvolve, com David Sperling (IAU-USP), o Atlas do chão (atlasdochao.org).

PEDRO BANDEIRA | EAAD, Universidade do Minho

Pedro Bandeira (1970), arquiteto (FAUP 1996), é Professor Associado na Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho e membro investigador do Lab2PT. Autor de diversas publicações no âmbito da cultura arquitetónica e é também coeditor da série Fascículos de Fotografia da editora Pierrot le Fou. Na qualidade de curador, colaborou com instituições como a Casa da Arquitetura, a Trienal de Arquitetura de Lisboa, a Câmara Municipal do Porto ou o CIAJG. Em 2015, foi galardoado com o Prémio de Crítica de Arquitetura da AICA. Representou Portugal nas bienais de arquitetura de Veneza (2004) e de São Paulo (2005).

Mais informação: www.pedrobandeira.info

LUIS ALBERTO BRANDÃO | FALE/UFMG

É professor titular da Faculdade de Letras da UFMG, pesquisador do CNPq e da Fapemig e escritor premiado. Entre suas publicações, estão os livros Teorias do espaço literário (Perspectiva), Saber de pedra: o livro das estátuas (Autêntica), Canção de amor para João Gilberto Noll (Relicário), Tablados: livro de livros (7Letras), Chuva de letras e Manhã do Brasil (ambos pela Scipione).

Palestrantes

APRESENTAÇÕES

ATLAS DO CHÃO
ANA LUIZA NOBRE

Um atlas infinito. Com uma dimensão ficcional correspondente à ambição desvairada de mapear o chão do mundo, nas suas múltiplas dimensões e sentidos. Aqui, todos os modos e métodos de mapeamento são possíveis. Em comum, a vontade de fortalecer o chão. Identificar situações críticas em que a potência do chão se revela. Tornar visível criticamente ações e práticas que envolvem cuidados com o chão. Especular sobre outras possíveis configurações territoriais. Inspirar novas ideias, projetos e pensamentos, modos de ativar e honrar o chão à revelia da sua apropriação como mercadoria. Atlas do Chão é desenvolvido em co-autoria com o professor David Sperling (IAU-USP).

Sítio eletrônico do projeto Atlas do Chão.

IMAGEM ARQUITETÓNICA COMO FORMA DE PENSAMENTO CRÍTICO
PEDRO BANDEIRA

No campo da filosofia a imagem é, desde Platão, alvo de enorme reserva e desconfiança. No âmbito da arquitetura a imagem tornou-se um instrumento privilegiado de comunicação alargada, mas também de apoio à própria conceção do objeto arquitetónico. Fugindo à aceitação acrítica dos renderings ou das fotografias facilmente sedutoras, procurar-se-á, nesta intervenção, abordar a imagem enquanto construção crítica de uma realidade complexa que parece tender a dissipar a fronteira entre realidade e ficção.

Proposta de Relocalização da Ponte D. Maria Pia no Porto (2013), Pedro Bandeira e Pedro Nuno Ramalho.

REVISITANDO TEORIAS DO ESPAÇO LITERÁRIO
LUIS ALBERTO BRANDÃO

Proponho revisitar meu livro Teorias do espaço literário, publicado em 2013 pela editora Perspectiva, com o intuito de avaliar em que medida a distância temporal deixa mais nítidas não apenas suas realizações, mas também, e principalmente, suas lacunas e suas potencialidades não exploradas, ou seja, tentando pensar de que modo o livro poderia ser reescrito hoje, em diálogo com os trabalhos que venho desenvolvendo desde então e com os que desenvolvi anteriormente. A revisitação coloca em primeiro plano, é claro, o sentido espacializante da operação de releitura. Em um evento da área de arquitetura, interessa-me a tentativa de olhar segundo o prisma do arquiteto que não sou, de utilizar uma língua arquitetônica que não é a minha.